Governo brasileiro discute impacto de tarifas dos EUA sobre o aço nacional
Com a entrada em vigor das tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre o aço brasileiro, o governo federal se reúne para avaliar estratégias e minimizar os efeitos sobre a indústria nacional.
12/03/2025 - 11:03

Nesta quarta-feira (12), entraram em vigor as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos, afetando diretamente o Brasil, que é responsável por 17% das exportações de aço para o mercado norte-americano.
Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, e outros representantes do setor para discutir medidas que possam mitigar os impactos dessas tarifas sobre a indústria nacional.
Nas últimas semanas, o governo brasileiro buscou negociar com as autoridades norte-americanas para evitar a implementação dessas tarifas. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, chegou a realizar uma videoconferência com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, na tentativa de reverter a decisão.
O Instituto Aço Brasil manifestou preocupação, destacando que os Estados Unidos importaram, em 2024, 5,6 milhões de toneladas de placas de aço devido à insuficiência de oferta interna, sendo 3,4 milhões de toneladas provenientes do Brasil. A entidade acredita que a taxação de 25% não será benéfica para nenhum dos países envolvidos.
Reações internacionais:
Além do Brasil, outros países, como Canadá e China, também serão afetados pelas novas tarifas dos EUA. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que as ações dos Estados Unidos violam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prejudicam o sistema comercial multilateral baseado em regras. Ela ressaltou que a China adotará todas as medidas necessárias para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos.