Parkinson: Avanços recentes no tratamento e qualidade de vida dos pacientes
No Brasil, estima-se que aproximadamente 200 mil pessoas convivam com essa enfermidade, caracterizada por sintomas como tremores, rigidez muscular e lentidão nos movimentos.
02/04/2025 - 11:04

A Doença de Parkinson, uma condição neurológica progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, tem sido alvo de diversas pesquisas e inovações terapêuticas. No Brasil, estima-se que aproximadamente 200 mil pessoas convivam com essa enfermidade, caracterizada por sintomas como tremores, rigidez muscular e lentidão nos movimentos.
Novas Perspectivas Terapêuticas
Recentemente, estudos conduzidos no Brasil têm explorado abordagens inovadoras para o tratamento do Parkinson. Um caso publicado no Brazilian Journal of Biology relatou melhorias significativas em um paciente de 77 anos com estágio avançado da doença após o uso diário de óleo de cannabis medicinal. O paciente consumiu até cinco gotas do óleo duas vezes ao dia durante três meses, resultando em benefícios notáveis nos sintomas.
Além disso, a terapia por ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para tratar tremores essenciais e Parkinson dominante em tremor. Essa técnica não invasiva permite a ablação precisa de tecidos cerebrais, oferecendo uma alternativa promissora para pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais.
Importância da Atividade Física e Terapias Complementares
A prática de atividades físicas, incluindo danças tradicionais brasileiras como o samba e o forró, tem mostrado efeitos positivos na qualidade de vida e nos sintomas motores de pacientes com Parkinson. Programas que incorporam essas danças podem melhorar a percepção dos pacientes sobre sua condição e promover bem-estar físico e emocional.
Desafios e Perspectivas Futuras
Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta desafios significativos no diagnóstico e tratamento do Parkinson. Estudos indicam uma possível subnotificação e diagnóstico tardio da doença, especialmente em estágios iniciais. Há uma necessidade premente de melhorar a precisão diagnóstica, ampliar o acesso a neurologistas e implementar estratégias de saúde pública que atendam à crescente demanda relacionada ao Parkinson no país.
A conscientização sobre a doença e a disseminação de informações atualizadas são fundamentais para desmistificar o Parkinson e fortalecer o apoio aos pacientes e suas famílias. Combinando avanços científicos, terapias inovadoras e suporte comunitário, é possível oferecer uma melhor qualidade de vida aos que enfrentam essa condição.
Hoje o programa Bate Papo conversou com a neurologista dr. Lorena Bochenek e você pode acompanhar a entrevista completa clicando aqui.