Papa Francisco é sepultado com ritos simplificados
Cerimônias fúnebres refletem desejo de simplicidade de Francisco, enquanto o Vaticano se prepara para o conclave que elegerá seu sucessor
21/04/2025 - 10:04

O Papa Francisco foi sepultado em uma cerimônia que refletiu seu desejo por simplicidade e humildade. Contrariando tradições anteriores, ele optou por um caixão simples de madeira, sem os três caixões tradicionais feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Além disso, Francisco solicitou ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, em vez das Grutas Vaticanas, local tradicional de sepultamento dos papas.
Com a morte do pontífice, a Igreja Católica entra no período conhecido como "Sede Vacante", durante o qual o camerlengo assume a administração interina do Vaticano. Ele é responsável por confirmar a morte do papa, lacrar seus aposentos e supervisionar a destruição do Anel do Pescador e do selo papal, símbolos da autoridade pontifícia.
Após os nove dias de luto, conhecidos como "novendiales", os cardeais com menos de 80 anos se reunirão na Capela Sistina para o conclave que elegerá o novo papa. A eleição é realizada por meio de votação secreta, exigindo uma maioria de dois terços para a escolha do novo pontífice. O processo é marcado por rigoroso sigilo, e qualquer violação pode resultar em excomunhão automática.
O Brasil terá uma representação significativa no conclave, com sete cardeais aptos a votar:
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Dom Odilo Pedro Scherer (Arcebispo de São Paulo, 75 anos)
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Dom Orani João Tempesta (Arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos)
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Dom João Braz de Aviz (Arcebispo Emérito de Brasília, 77 anos)
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Dom Leonardo Ulrich Steiner (Arcebispo de Manaus, 74 anos)
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Dom Paulo Cezar Costa (Arcebispo de Brasília, 57 anos)
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Dom Jaime Spengler (Arcebispo de Porto Alegre, 64 anos)
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Dom Sérgio da Rocha (Arcebispo de Salvador, 65 anos)
A eleição do novo papa será anunciada ao público com a fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sistina e a proclamação "Habemus Papam" feita pelo cardeal protodiácono. O novo pontífice então aparecerá na sacada da Basílica de São Pedro para sua primeira bênção.
A Igreja Católica agora aguarda a escolha de seu novo líder espiritual, em um momento de reflexão e continuidade da fé para os fiéis em todo o mundo.