Detran-GO suspende penalizações e médicos retomam atendimentos a partir de 10 de setembro
Medida provisória evita prejuízo a motoristas com CNH vencida desde 15 de agosto; médicos suspensos retornam após mais de 90% decidirem em assembleia.

09/09/2025 - 11:38

Detran-GO suspende penalizações e médicos retomam atendimentos a partir de 10 de setembro

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) publicou, em 5 de setembro, uma portaria que suspende temporariamente as penalizações para condutores com CNH vencida há mais de 30 dias, válida enquanto durarem os efeitos da greve dos médicos credenciados — movimento que comprometeu renovação e emissão de habilitações desde 15 de agosto.

O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO) informou que, em Assembleia Geral Extraordinária, mais de 90 % dos profissionais votaram pelo retorno dos atendimentos, previsto para ocorrer a partir de quarta-feira, 10 de setembro, com a paralisação mantida até 24 de setembro.

Segundo o sindicato, a greve buscou sensibilizar as autoridades para reajuste de honorários congelados por nove anos. As reivindicações incluem aplicação da CBHPM/2022, uso de índices oficiais como IGP-M e SINAPI, nomeação de responsável técnico no Detran-GO, redistribuição justa de agendamentos nos Vapt Vupt e revogação da Portaria nº 561/2025. Caso não haja avanços, os médicos indicam que a greve poderá ser retomada após uma nova assembleia marcada para 29 de setembro.

Enquanto isso, o Detran-GO preparou o retorno dos exames médicos em cinco unidades do Vapt Vupt em Goiânia — localizadas nos centros comerciais Shopping Bougainville, Cidade Jardim, Praça da Bíblia, Praça Cívica e Shopping Passeio das Águas — e estuda permitir que médicos realizem exames diretamente, sem intermediação de clínicas, para agilizar o atendimento.

A autarquia destaca que, até o momento, manteve cerca de 80 % da demanda por exames médicos, com mais de 5 mil atendimentos registrados em Goiás, incluindo interior e regiões metropolitanas. O Detran reforça seu posicionamento contrário ao aumento nos valores cobrados pelos exames — hoje entre R$ 2.500 e R$ 5.000 — sob o argumento de que isso elevaria ainda mais o custo da habilitação, prejudicando o acesso ao mercado de trabalho e à mobilidade social. 

AO VIVO FM 99.1
POSITIVA FM