Polônia abate drones russos e aciona a Otan após violação de seu espaço aéreo
Primeiro disparo militar de um país da Otan durante a guerra na Ucrânia; ativado o Artigo 4 em resposta à escalada.

10/09/2025 - 13:14

Na madrugada de 9 a 10 de setembro de 2025, ao menos 19 drones russos cruzaram o espaço aéreo da Polônia durante um ataque aéreo massivo contra a Ucrânia. A defesa polonesa, com apoio de aeronaves da Otan — incluindo F-16 poloneses, F-35 holandeses e aviões AWACS italianos — abateu aqueles que representavam ameaça à segurança nacional.

O primeiro-ministro Donald Tusk classificou o episódio como uma “provocação em grande escala” e afirmou que o país vive “o momento mais próximo de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”. Em resposta, a Polônia invocou o Artigo 4 do Tratado da Otan, que prevê consultas imediatas quando a segurança de um membro está ameaçada.

A ação resultou no fechamento temporário de aeroportos como o de Varsóvia — usados como rota de suprimentos para os aliados — e na recomendação de que moradores das regiões orientais permanecessem em casa, apesar de não terem sido registrados feridos. Detritos de drones foram encontrados em áreas como Wyryki, Czosnówka, Czesniki e Mniszkow.

No total, a ofensiva russa sobre a Ucrânia envolveu cerca de 415 drones e mais de 40 mísseis. A Ucrânia abateu 386 drones e 27 mísseis, porém, 21 drones e 16 mísseis ainda causaram impactos em diversos locais, com vítimas letais e feridos. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy aproveitou para conclamar países vizinhos a reforçarem suas defesas aéreas, em nome da segurança coletiva da região.