Planos de saúde podem sofrer reajuste de até 12% em 2023
O cenário pandêmico, a alta taxa de juros e o quadro inflacionário justificam a decisão, argumenta presidente da CORECON-GO
25/04/2023 - 13:04
Segundo o Painel Contábil da Saúde Suplementar – elaborado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) –, ao apurar o resultado líquido de receitas e despesas das operadoras de saúde, foi registrado um déficit superior a R$505,7 milhões no quarto trimestre de 2022. Além disso, também na modalidade médico-hospitalar, os índices de sinistralidade evidenciaram uma variação entre 85,9% e 90,3% no ano passado.
No diagnóstico da presidente do Conselho Regional de Economia do Estado de Goiás (CORECON-GO), Kerssia Preda, essa conjuntura se origina a partir de um “caso excepcional” – isto é: a crise sanitária de Covid-19. “Isso se deu por conta da pandemia: vale lembrar que, no período da Covid-19, houve aumento dos atendimentos”, o que resultou na grande demanda por planos de saúde.
A especialista avalia, entre outros fatores, o impacto da inflação e a taxa de juros sobre as operadoras e os beneficiários deste serviço – que podem culminar em aumentos entre 10% e 12% nas mensalidades. Ademais, é levado em consideração o histórico de prejuízos dos planos de saúde no ano de 2022, bem como os prognósticos do setor para 2023.