Polícia responsabiliza pilotos por acidente que matou Marília Mendonça
Como o piloto e copiloto também morreram na queda, há a chamada “extinção de punibilidade”

04/10/2023 - 15:10

A Polícia Civil de Minas Gerais responsabilizou o piloto e o copiloto pela queda da aeronave que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, em Caratinga (MG).

Os delegados responsáveis pela investigação, afirmaram nesta quarta-feira (4), em coletiva de imprensa que após eliminar três linhas de investigação – falha mecânica, mal súbito e atentado – passaram a analisar a manobra realizada pela tripulação no momento do pouso.

Com a entrega do relatório elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em maio deste ano, a possibilidade de falha mecânica foi descartada e o documento apontou uma possível “avaliação inadequada” por parte do piloto. 

O Instituto Médico Legal (IML), descartou a hipótese do piloto ter sofrido um mal súbito ou estar sob efeito de drogas, ou álcool por meio do laudo. A hipótese de um possível atentado também foi descartada pela investigação.

O que aconteceu? 

De acordo com a Polícia Civil, as torres de transmissão de energia elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com as quais a aeronave colidiu, estavam fora da área de segurança do aeroporto e não havia a obrigatoriedade de estarem sinalizadas, no entanto, a existência deles estavam apontadas em dois documentos em que os pilotos tiveram acesso e deveriam ter analisado os obstáculos nas proximidades do aeroporto.

Para os delegados, a tripulação não respeitou o procedimento operacional da aeronave e com a velocidade acima da considerada ideal, eles acabaram saindo da área de segurança do aeroporto e colidindo com as torres de transmissão, o que ocasionou a queda da aeronave.

Dessa forma, a investigação concluiu que ambos, piloto e copiloto, foram negligentes e imprudentes, resultando em três homicídios culposos. Como o piloto e copiloto também morreram na queda, há a chamada “extinção de punibilidade” e a polícia sugeriu ao Poder Judiciário o arquivamento do caso.

Ana Yasuma - Jornalista

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