Risco de morte por calor extremo pode quintuplicar até 2050
Número de pessoas que faleceram vítimas do calor aumentou 85%

17/11/2023 - 10:11

A revista médica The Lancet, publicou um relatório apontando que o número de mortes devido aos efeitos do calor extremo podem quintuplicar. O estudo é publicado anualmente, na edição de 2023, os cientistas afirmam que "a saúde da humanidade está em grave perigo". 

Segundo o relatório, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC, em comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes ligadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050. 

A análise ressalta que o planeta terra foi exposto a 86 dias de temperaturas potencialmente fatais em 2022. O número de pessoas com mais de 65 anos que faleceram vítimas do calor aumentou 85% entre 1991-2000 e de 2013-2022. O ano de 2023 foi apontado pelo relatório como o mais quente registrado na história da humanidade.

Além do calor, os cientistas destacam que 520 milhões de pessoas a mais enfrentarão uma situação de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século, segundo as projeções.

Além disso, as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode aumentar em 36%. Com isso, o sistema de saúde pode entrar em colapso. 

O relatório é publicado a poucos dias do início da reunião da ONU sobre o clima, que acontece no dia 30 de novembro, a COP28 de Dubai, que pela primeira vez terá sessões dedicadas à saúde.

Ana Yasuma - Jornalista 

 

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