Tecnologia que reduz infestação de transmissor da dengue chega a Goiânia
Tecnologia foi criada pela multinacional de biotecnologia inglesa Oxitêc
29/11/2023 - 08:11
O Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) fizeram um alerta para possível explosão de casos de dengue no próximo ano na região Centro-Oeste, isso fez com que as autoridades de saúde pública procurassem novas estratégias para combater a proliferação do mosquito.
Goiás registrou, até a semana epidemiológica, 61.644 casos da doença, com 32 óbitos, seis deles na capital. Com o período de chuvas e o calor, aumentam as chances de proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Uma tecnologia criada pela multinacional de biotecnologia inglesa Oxitêc, fundada na Universidade de Oxford chamada de Caixa do Bem, já adotada em diversas cidades brasileiras como Indaiatuba (SP), Porto Nacional (TO) e Congonhas (MG) têm colhido bons resultados com o método.
Dentro da Caixa do Bem ficam ovos do Aedes aegypti que eclodem após colocar água limpa. Entre 10 a 14 dias, os mosquitos machos voam para ambiente externo para se acasalar. Do cruzamento, sobrevivem apenas os machos, que herdam dos pais a característica autolimitante e não conseguem transmitir a doença, já que somente as fêmeas são responsáveis pela propagação das doenças.
Grandes empresas como Petrobras, Rede Globo e Siemens já adotaram as caixas do Aedes do Bem. Alguns goianos, pessoas físicas, também já adquiriram o produto.
Ana Yasuma - Jornalista