Registro de armas de fogo na PF tem queda de cerca de 82% em 2023
Quantidade de novos registros de armas de fogo pela população civil reduziu por causa de medidas implementadas pelo governo federal
03/01/2024 - 09:01

A Polícia Federal (PF) registrou queda de 82% na quantidade de novas armas de fogo para defesa pessoal em 2023. A informação foi divulgada nesta terça-feira (2), pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm). O levantamento compara os registros de 2023 em relação a 2022. Segundo a PF, 114.044 armamentos foram contabilizados em 2022, 20.822 novos cadastros foram feitos neste ano.
De acordo com a PF, a quantidade de novos registros de armas de fogo pela população civil reduziu por causa de medidas implementadas pelo governo federal.
Segundo o delegado Humberto Brandão, chefe da divisão nacional de controle de armas da PF, as mudanças feitas pelo governo fizeram com que o processo de registro passou a ser mais rígido.
Decretos
Em 2023, Lula assinou dois decretos relacionados a armas. O primeiro limitou a compra de armas por pessoas físicas para defesa pessoal a três equipamentos. Até então, eram permitidas a aquisição de quatro por pessoa. A concessão de novos registros de CACs, clubes e escolas de tiro também foram suspensas.
A restrição também abrangeu pessoas que respondem a algum inquérito policial ou ação penal. Essas tiveram de devolver seus armamentos à Polícia Federal ou ao Exército, ou transferi-la para um terceiro em até 30 dias.
Outro decreto do governo também visou restringir a circulação e o acesso a armas no país. Para caçadores, o limite de 30 armas caiu para seis e com necessidade de autorização do Ibama. Para atiradores, caiu de 60 armas o limite para oito, 12 e 20, a depender do nível. Para colecionadores, esse número passou de cinco armas de cada modelo para apenas uma.
Ana Yasuma - Jornalista