Surto de coqueluche na capital faz SMS emitir alerta de vacinação
Cinco casos da doença foram confirmados em escola privada de Goiânia

09/07/2024 - 11:07

Um surto de coqueluche em escola privada da capital, com cinco casos confirmados, fez com que a Secretaria Municial de Saúde (SMS) de Goiânia emitesse um alerta de vacinação contra a doença. O registro foi na última semana, antes das férias escolares.

Conforme a Saúde, é considerado surto da doença quando há a partir de três registros de caso em um mesmo local. Por conta do ocorrido, equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) da SMS estiveram na escola na última semana para investigar os casos e orientar sobre a importância da caderneta de vacinação atualizada.

Em 2024, a coqueluche voltou a preocupar países da Europa, onde houveram aumentos significativos de casos confirmados. Em maio deste ano, a União Europeia divulgou o Boletim Epidemiológico que demonstrava o aumento da doença em pelo menos 17 países, com 32.037 casos notificados de coqueluche entre 1º de janeiro e 31 de março de 2024. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos pela doença.

Em São Paulo, de janeiro a junho deste ano foram registrados 139 casos da doença, aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O último registro da doença em Goiânia foi um caso em 2021.O último pico de coqueluche no país aconteceu em 2014.

A melhor forma de prevenção da coqueluche é a vacinação, usada no controle da doença. A imunização é feita primeiro com a pentavalente, que tem esquema vacinal composto por três doses (aos 2, 4 e 6 meses de vida). Depois, são necessários reforços com a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche) aos 15 meses e aos 4 anos. As doses estão disponíveis em todas as salas de vacina no município.

Características e sintomas da coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, que compromete especificamente o aparelho respiratório e se caracteriza por sintomas como tosse seca, febre e cansaço, que podem levar a complicações, como pneumonia, desidratação e paradas respiratórias. A infecção pode durar de 6 a 10 semanas. As maiores complicações ocorrem em crianças ainda em fase de amamentação.

A queda expressiva verificada nas coberturas vacinais desde 2016 tem preocupado as autoridades de saúde e aumenta a necessidade de manter a imunização em dia. A cobertura vacinal em Goiânia é de 61,9% do público alvo. O preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) é cobertura vacinal acima de 90%.

Diante do alerta e seguindo orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a SMS amplia a indicação do uso da vacina dTpa, vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto, em caráter excepcional, para os seguintes grupos:

  • Trabalhadores da saúde que atuam nos serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com o atendimento em: ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI Canguru; berçários (baixo, médio e alto risco); e o pediatria;
  • Profissionais que atuam como doula, acompanhando a gestante durante o período de gravidez, parto e período pós-parto;
  • Trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até 4 anos de idade.

    Foto e fonte: Istok // Diário de Goiás
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