Goiânia confirma 5 casos de mpox e orienta população sobre cuidados
Nova variante da doença preocupa especialistas

02/09/2024 - 13:09

Em Goiânia, já são 5 casos confirmados da mpox, segundo dados informados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira (2/9). Mesmo não tendo registrado a Cepa 1b, a Secretaria Municipal de Goiânia informa que há casos confirmados de outras variantes. De janeiro até agora, foram 62 casos notificados e cinco confirmados, o que representa 8,06% de positividade. Esse cenário, com um número bem maior de notificações, pode ser atribuído a vários fatores como, por exemplo, algumas doenças que também causam lesões na pele, como a varicela.

 
A maioria das confirmações ocorreu no início deste ano. Em janeiro, foram 11 notificações e três casos confirmados. Em fevereiro, três notificações e um caso confirmado. Em março, foram oito notificações sem confirmação. Já em abril, foram sete notificações e um caso confirmado. Nos meses de maio e junho, foram seis casos e quatro notificações, respectivamente, sem confirmações. Em julho, houve apenas uma notificação sem confirmação. Até o momento, agosto registrou 22 notificações, sem nenhum caso confirmado.
 

Com a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS), elevando a mpox à categoria de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), em 14 de agosto de 2024, o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), encarregado de coordenar as ações e monitorar o avanço da nova variante Cepa 1b, no país. A classificação visa promover uma resposta internacional coordenada para lidar com a doença, sem implicar necessariamente em uma nova pandemia.

 
Sobre a Mpox
A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral rara que pertence à mesma família do vírus (MPXV). Embora seja geralmente menos grave que a varíola, a Mpox pode levar a complicações sérias em alguns casos. Os principais sintomas incluem febre, dores de cabeça e no corpo, fraqueza, erupções cutâneas e linfadenopatia, que é o inchaço dos gânglios linfáticos. Entre os principais fatores que contribuem para essas complicações estão o estado do sistema imunológico do paciente e a gravidade da infecção. Casos graves são mais comuns em crianças e estão ligados ao quanto elas foram expostas ao vírus e à sua saúde geral.
 
A transmissão pode ocorrer através do contato direto com lesões cutâneas, bolhas, crostas ou fluidos corporais de indivíduos infectados. Além disso, o compartilhamento de objetos contaminados, como roupas ou utensílios, também pode facilitar a propagação do vírus. Para se proteger, o mais importante é evitar o contato direto com pessoas infectadas. O vírus se espalha, principalmente, através do contato direto com a pele ou com objetos pessoais de alguém que está com a doença. Pessoas suspeitas ou confirmadas com a doença devem ficar isoladas, e suas roupas, lençóis e outros objetos pessoais devem ser bem limpos, fervidos ou lavados com água e sabão para evitar a propagação da doença.
 
É fundamental que qualquer pessoa que suspeite estar infectada com a Mpox procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e possível confirmação do diagnóstico. Em caso de confirmação, é essencial seguir rigorosamente as medidas preventivas, como o isolamento e o não compartilhamento de objetos pessoais, para prevenir a disseminação do vírus. 

Foto e fonte: Reprodução // A redação
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