Cúpula do G20 começa no Rio sob tensões geopolíticas e climáticas
O presidente Lula enfatizou a necessidade de reduzir as desigualdades e aumentar o financiamento para as nações menos desenvolvidas, defendendo a reforma da governança global.

18/11/2024 - 11:11

A capital fluminense é palco da Cúpula do G20, marcada por tensões em torno da aprovação de um documento de consenso entre as 20 maiores economias globais. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que um fracasso na negociação enfraquecerá a relevância do grupo. A declaração final enfrenta impasses devido aos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, além de divergências sobre temas climáticos, especialmente entre Brasil e Argentina.

Conflitos globais e crise climática no centro das discussões
Os recentes ataques da Rússia à Ucrânia e de Israel a cidades no Líbano e Síria complicaram os debates sobre geopolítica. Além disso, a saída da Argentina da COP29 intensificou a disputa sobre questões ambientais, prejudicando o alinhamento regional. Guterres destacou que um acordo no G20 é crucial para o sucesso da próxima conferência climática, a COP30, no Brasil.

Brasil lidera agenda de reformas globais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o evento para promover sua agenda de reformas na governança global. Ele defendeu maior representatividade para países emergentes no Conselho de Segurança da ONU e pediu a ampliação do financiamento às nações em desenvolvimento. Em seu discurso, Lula reforçou a necessidade de reduzir desigualdades e combater a fome por meio de iniciativas multilaterais, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada na cúpula.

Apoios internacionais e desafios pela frente
Lula conquistou o apoio de líderes como o primeiro-ministro da Malásia, Dato' Seri Anwar Ibrahim, e do Vietnã, Pham Minh Chinh, para a reforma do Conselho de Segurança. Ambos defenderam uma governança mais inclusiva e reconheceram a candidatura brasileira a uma cadeira permanente. No entanto, as divisões internas do G20 e a postura de potências como os EUA ainda representam obstáculos significativos para avanços concretos.

A cúpula segue com debates intensos e expectativas de que as nações consigam superar suas diferenças para aprovar um documento final que reflita o consenso global.

Foto: Alexandre Brum/G20

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