Sedentarismo no trabalho: riscos e recomendações
Ficar sentado por longos períodos pode aumentar o risco de doenças cardíacas, mesmo com exercícios regulares.
19/11/2024 - 12:11
Uma nova pesquisa revelou que ficar sentado durante o dia todo pode aumentar significativamente o risco de doenças cardíacas, mesmo para aqueles que se exercitam regularmente. "Nossas descobertas enfatizam a importância de evitar ficar sentado em excesso, seja você fisicamente ativo ou não", afirmou o Dr. Ezim Ajufo, cardiologista do Brigham and Women’s Hospital em Boston e autor principal do estudo.
Principais Descobertas
Pesquisadores analisaram dados de quase 90 mil pessoas, monitorando seu tempo sedentário e ativo com acelerômetros, e compararam esses dados com diagnósticos de condições como derrame, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca. Os resultados, publicados no Journal of the American College of Cardiology, mostraram que mais tempo sedentário está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares.
Recomendações de Saúde
A pesquisa sugere que as pessoas devem evitar ficar sentadas mais de 10,6 horas por dia. Embora não seja um limite rígido, é um ponto de partida razoável para diretrizes de saúde pública. Fazer pausas regulares para se movimentar durante o dia é fundamental. "Levantar e caminhar por alguns minutos a cada meia hora pode ajudar os músculos a regularem os níveis de açúcar e gordura no sangue", explicou o Dr. Keith Diaz, professor de medicina comportamental no Columbia University Medical Center.
Limitações do Estudo
Os dados utilizados no estudo são majoritariamente provenientes de indivíduos de ascendência europeia, o que pode não representar totalmente a diversidade populacional. Além disso, o estudo é observacional, significando que ele pode estabelecer associações, mas não provar causalidade.
Movimento é Essencial
Mesmo que um bom treino no final do dia não neutralize todos os efeitos negativos do tempo sedentário, o exercício ainda é benéfico. "Você ainda está melhor do que a pessoa que ficou sentada o dia todo e não se exercitou", reforçou Diaz.
As conclusões do estudo ressaltam a necessidade de políticas públicas que incentivem a redução do tempo sentado e promovam um estilo de vida mais ativo, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele.