Obesidade infantil no Brasil pode afetar metade das crianças até 2035
A conscientização da sociedade e o engajamento de profissionais de saúde, educadores e famílias são essenciais para reverter esse cenário e garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.

28/02/2025 - 13:02

A obesidade infantil no Brasil tem apresentado um crescimento alarmante nas últimas décadas. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2024, lançado pela Federação Mundial da Obesidade, projeta-se que até 2035, 50% das crianças e adolescentes brasileiros entre 5 e 19 anos estarão com sobrepeso ou obesidade.

Em 2020, a prevalência de crianças e adolescentes com Índice de Massa Corporal (IMC) elevado era de 34%, afetando mais de 15 milhões de jovens. A taxa anual de crescimento da obesidade nesse grupo etário entre 2020 e 2035 é estimada em 1,8%, o que pode resultar em mais de 20 milhões de crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso em 2035.

A endocrinopediatra Marília Barbosa destaca que os impactos da obesidade podem surgir já nos primeiros anos de vida, manifestando-se por meio de condições como hipertensão, níveis elevados de gordura no sangue, refluxo gastroesofágico, constipação intestinal, apneia obstrutiva do sono, asma, resistência insulínica, síndrome dos ovários policísticos e avanço precoce da puberdade. Essas complicações reforçam a necessidade de intervenções precoces e acompanhamento médico especializado para prevenir problemas de saúde a longo prazo.

A obesidade infantil é influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Mudanças nos hábitos alimentares, aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e a redução da atividade física são apontados como contribuintes significativos para o aumento dos casos. Especialistas enfatizam a importância de políticas públicas eficazes, programas de educação nutricional e promoção de estilos de vida saudáveis para combater essa tendência preocupante.

A conscientização da sociedade e o engajamento de profissionais de saúde, educadores e famílias são essenciais para reverter esse cenário e garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.

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