Armas feitas com impressoras 3D se espalham pelo Brasil, abastecem o crime e preocupam autoridades
Polícia registra aumento de apreensões de armamentos fabricados ilegalmente com tecnologia 3D; especialistas alertam para riscos à segurança pública.
07/05/2025 - 11:05

A fabricação ilegal de armas de fogo por meio de impressoras 3D tem crescido no Brasil, preocupando autoridades e especialistas em segurança pública. Entre 2024 e 2025, foram registradas pelo menos sete apreensões de fuzis, pistolas e componentes produzidos com essa tecnologia.
Em março de 2025, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul desmantelou uma fábrica clandestina em São Leopoldo, onde foram apreendidas quatro impressoras 3D e 59 carregadores de diferentes calibres. Em outra operação, dois homens foram presos no Pará transportando fuzis produzidos com impressoras 3D, juntamente com 53 quilos de skunk.
Essas armas, conhecidas como "armas-fantasmas" por não possuírem número de série, dificultam o rastreamento pelas autoridades. Especialistas alertam que a facilidade de acesso a projetos digitais e a equipamentos de impressão 3D contribui para a disseminação desse tipo de armamento, inclusive entre grupos extremistas.
A legislação brasileira prevê pena de seis a doze anos de reclusão para a fabricação ilegal de armas de fogo. No entanto, o avanço da tecnologia e a dificuldade de controle sobre a distribuição de arquivos digitais representam desafios adicionais para o combate a essa prática.