Universidades federais cortam serviços após governo limitar uso do orçamento
Decreto impõe restrições orçamentárias, forçando instituições a reduzir despesas essenciais e comprometer atividades acadêmicas
16/05/2025 - 12:05

Universidades federais em todo o Brasil estão enfrentando cortes significativos em serviços essenciais devido a um decreto do governo federal que limita o uso do orçamento discricionário. A medida, em vigor de maio a novembro, permite que as instituições gastem apenas cerca de 60% do valor mensal originalmente previsto para o ano.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) restringiu o uso de transporte e suspendeu a compra de equipamentos. A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) cortou 4,68% dos recursos e 18,01% da verba de manutenção predial, limitando-se a reparos essenciais.
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) relatou que precisa de R$ 9 milhões mensais, mas receberá apenas R$ 4 milhões. O reitor Josealdo Tonholo alertou que, se a situação financeira não mudar, a universidade só conseguirá operar até setembro deste ano.
O Ministério da Educação afirma que o decreto não reduz o orçamento, mas estabelece limites de empenho, com liberação dos recursos em três etapas até o fim do ano. No entanto, as universidades enfrentam dificuldades para manter serviços básicos, como limpeza, segurança e assistência estudantil, comprometendo a continuidade das atividades acadêmicas.