Queda na vacinação infantil põe milhões de crianças em risco, alerta estudo
Estagnação no imunização desde a pandemia reacende temor de epidemias de doenças evitáveis

25/06/2025 - 11:06

Um estudo recente publicado na revista The Lancet revela que a queda nas taxas de vacinação infantil deixou cerca de 15,7 milhões de crianças sem nenhuma vacina em 2023, com o Brasil entre os oito países que concentram mais de metade desses casos. A cobertura global de vacinas, como difteria, tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite e tuberculose, sofreu forte retrocesso desde 2010, agravado pela pandemia de Covid‑19, desigualdades econômicas e a desinformação antivacinas.

Especialistas alertam que a interrupção dessas imunizações é uma das principais causas do ressurgimento de doenças como sarampo, que teve aumento de quase dez vezes nas Américas em 2024, e poliomielite, com surtos recentes em países como Paquistão, Afeganistão e Papua-Nova Guiné. Conforme aponta a OMS, a vacinação infantil é uma das intervenções de saúde pública mais eficazes, tendo prevenido cerca de 154 milhões de mortes em 50 anos, mas os avanços correm risco a menos que haja investimento imediato em sistemas de saúde primária e campanhas de imunização.

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