Gasto com Previdência em 2026 terá alta de R$ 87,2 bilhões, prevê INSS
O INSS projeta que os gastos com benefícios atingirão R$ 1,072 trilhão em 2026, impulsionados por reajustes, novos benefícios e a flexibilização das regras do salário-maternidade, o que pode pressionar o teto de gastos.

28/08/2025 - 08:40

Gasto com Previdência em 2026 terá alta de R$ 87,2 bilhões, prevê INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estima que os gastos com benefícios previdenciários em 2026 irão totalizar R$ 1,072 trilhão, um aumento de R$ 87,2 bilhões em relação aos R$ 984,66 bilhões previstos para 2025. Esse valor foi obtido pela Folha de S.Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação e será incluído no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026, que será enviado ao Congresso até sexta-feira, 29 de agosto de 2025.

Dentre os fatores que elevam a despesa, destaca-se o impacto da decisão do STF que derrubou a exigência de dez contribuições mínimas para acesso ao salário-maternidade por trabalhadoras autônomas. Esse item sozinho deve custar R$ 8,5 bilhões extras em 2026.

Outros drivers importantes incluem o aumento do salário-mínimo, hoje em R$ 1.518, com reajuste estimado em 7,44% — o que impacta 45,3% dos beneficiários de forma direta, gerando um custo adicional de R$ 34,04 bilhões. A reposição da inflação para os demais segurados, estimada em 4,66%, representa R$ 25,8 bilhões, enquanto o crescimento vegetativo da folha (novos benefícios concedidos) soma mais R$ 26,1 bilhões.

Em contrapartida, há expectativa de economia com a mudança nas regras do auxílio-doença (benefício por incapacidade temporária). Uma mudança reduzindo o prazo máximo concedido por atestado médico de 180 para 30 dias poderia gerar economia, mas ajustes posteriores elevaram esse prazo temporário para 60 dias por meio de portaria, via sistema online, por 120 dias.

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