Implante contraceptivo (Implanon) passa a ser obrigatório nos planos de saúde
Desde 1º de setembro de 2025, planos de saúde privados devem oferecer o Implanon como método contraceptivo de longa duração para mulheres entre 18 e 49 anos.
02/09/2025 - 10:55
A partir desta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, os planos de saúde passam a ser obrigados a incluir em sua cobertura o implante subdérmico contraceptivo liberador de etonogestrel — conhecido como Implanon — para pessoas de 18 a 49 anos, como forma de prevenir a gravidez indesejada. A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e publicada em agosto.
Paralelamente, o Ministério da Saúde confirmou que o Implanon também será oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS). O método é considerado vantajoso por sua alta eficácia e longa duração — podendo atuar no organismo por até três anos — com um investimento estimado de R$ 245 milhões para a entrega de 1,8 milhão de dispositivos até 2026, sendo 500 mil ainda este ano.
O implante é classificado como um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), método considerado mais eficaz no planejamento reprodutivo justamente por não depender da administração constante pela usuária, como ocorre com pílulas e injetáveis. Após os até três anos de ação, o dispositivo pode ser removido e, se desejado, um novo inserido imediatamente — e a fertilidade retorna rapidamente após a retirada.
Além de ampliar o acesso a métodos contraceptivos eficazes, o Ministério da Saúde destaca que a oferta do Implanon contribui para a redução da mortalidade materna, especialmente entre mulheres negras, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.