Defesa de Bolsonaro quer anular delação de Mauro Cid e reforçar fundamentos constitucionais
Advogados apostam em críticas ao depoimento premiado e argumentos jurídicos para rebater acusações no STF.

03/09/2025 - 09:29

No segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro repetirá sua estratégia de contestar a validade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens. O objetivo é pedir formalmente a anulação do acordo com base em alegações de que Cid teria mentido em seu depoimento.

Os advogados, liderados por Cleso Vilardi, devem focar em fundamentar seus argumentos em hipóteses constitucionais, questionando a legalidade e a confiabilidade da delação como prova. A defesa também apontará críticas diretas ao conteúdo do depoimento de Cid, reforçando que o delator mentiu em suas declarações divulgadas em reportagens, especialmente da revista.

No primeiro dia, o ministro Alexandre de Moraes criticou iniciativas de anistia a réus do golpe e atacou tentativas de interferência externa no processo. Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou que Bolsonaro teria coordenado o movimento golpista, apresentando depoimentos, planilhas e provas obtidas pela Polícia Federal, além de destacar o plano “Punhal Verde Amarelo” e os eventos de 8 de janeiro como elementos centrais da acusação.