CPMI do INSS solicita prisão preventiva de 21 suspeitos por fraudes em benefícios
Comissão aprova envio ao STF de pedidos com base em indícios robustos; decisão agora cabe ao ministro André Mendonça.
03/09/2025 - 09:35
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, por unanimidade — 26 votos a favor e nenhum contrário — o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) de um pedido de prisão preventiva contra 21 investigados. O requerimento foi apresentado pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), durante a quarta reunião da comissão, que investiga o esquema de descontos irregulares em benefícios previdenciários, revelado pela Operação "Sem Desconto" da Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU).
Se aprovado pelo STF, o ministro André Mendonça será o responsável por decidir sobre os pedidos de prisão. Gaspar destacou que, apesar de haver fortes indícios e provas de autoria e materialidade dos crimes, "até o momento nenhum investigado se encontra submetido a prisão cautelar".
Entre os alvos listados estão figuras como o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes ("Careca do INSS"), o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, o ex-procurador-geral Virgílio de Oliveira Filho, os ex-diretores André Fidelis e Vanderlei Barbosa, além do advogado Eric Douglas Fidelis, filho de André. Outros nomes incluem Cecília Rodrigues Mota, Thaisa Hoffmann Jonasson e Maurício Camisotti, apontado como um dos principais envolvidos no esquema.
Após depoimentos, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), ressaltou a gravidade da situação: apesar das evidências investigativas, não houve prisões ou bloqueio de bens até agora. Ele chegou a classificar esse cenário como “impunidade vergonhosa.