Bebê de 17 dias é retirado de adoção irregular em Goiânia
Mãe entregou criança a casal mediante procuração.
28/11/2025 - 09:05
Mãe biológica de um recém-nascido de 17 dias, que havia sido entregue a um casal mediante procuração, voltou atrás e informou ao Conselho Tutelar que queria a criança de volta. Segundo o órgão, há fortes indícios de que se tratava de uma adoção irregular, já que o casal admitiu ter custeado exames, alimentação e até o parto, prática proibida por configurar “adoção dirigida”.
O casal que estava com o bebê registrou boletim de ocorrência alegando que a mãe ameaçava denunciar suposto “sequestro” e pediu intervenção. Em razão das versões conflitantes e do risco à criança, o Conselho determinou o acolhimento imediato do recém-nascido — que agora está sob proteção institucional enquanto a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso e a Justiça avalia o destino legal.
Especialistas e autoridades audiçãoam que adoções dessa natureza — realizadas por procuração e com ajuda financeira à gestante — ferem as leis brasileiras de adoção, por afastar a criança dos procedimentos legais e da proteção garantida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).