O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, considerado o “número 2” da pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi preso nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, durante uma nova etapa da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). A ação apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relacionadas à cobrança de descontos associativos indevidos de aposentados e pensionistas.
A prisão, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), faz parte de um conjunto de medidas que também envolve mandados de busca e apreensão e outras ordens cautelares cumpridos em várias unidades da Federação nesta fase da operação. Portal foi afastado do cargo e, conforme informações apuradas, deve cumprir prisão em regime domiciliar.
A Operação Sem Desconto investiga um esquema de fraude que resultou em descontos irregulares em benefícios previdenciários, incluindo aposentadorias e pensões, sem autorização dos beneficiários, por meio de entidades associativas que teriam atuado junto ao sistema de pagamento do INSS. Investigadores apontam que esses descontos podem ter causado prejuízos bilionários aos beneficiários ao longo de vários anos.
Nos meses anteriores, outras fases da operação já haviam levado à prisão de empresários suspeitos, mandados contra ex-dirigentes do INSS e ao afastamento de membros da cúpula da Previdência. Essas ações fazem parte de uma investigação contínua que expôs um esquema de fraudes envolvendo descontos não autorizados de benefícios, e que tem gerado repercussão política e jurídica no país.
Principais elementos da operação
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Operação Sem Desconto: ação da PF e CGU para apurar descontos indevidos em benefícios do INSS.
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Alvo principal nesta etapa: Adroaldo Portal, secretário-executivo da Previdência, preso e afastado do cargo.
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Medidas judiciais: 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva, entre outras diligências, autorizados pelo STF.
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Contexto mais amplo: fraudes associativas sem autorização de beneficiários, com prejuízos bilionários estimados.
